Vinte crianças, de mães seropositivas, nasceram livres do VIH/Sida, nas instituições sanitárias do Moxico, durante o primeiro semestre deste ano, no quadro da campanha “Nascer livre para brilhar”.

Os dados indicam que, em comparação ao mesmo período anterior, houve uma diminuição de nove casos.
Segundo a Supervisora Provincial do Programa de Luta Contra o VIH/Sida, Clotilde Rosaria William, que prestou a informação hoje, à Angop, no Luena, a queda nos números de partos assistidos nos hospitais se deveu ao aumento dos partos caseiros.
Dos partos assistidos nos centros hospitalares da região, quatro foram positivos (VIH/Sida +), mais três em comparação com o ano transacto.
Quanto aos partos realizados em casa, apesar de na sua maioria correrem bem, considerou-os de ser um meio de transmissão do VIH/Sida da mãe para o bebé, pelo que aconselhou as gestantes a procurarem sempre as unidades sanitárias para o efeito.
Apontou que no semestre em análise, foram acompanhadas, pelo Programa de Tratamento Vertical (PTV), 282 gestantes, mais 180 em comparação ao igual período do ano anterior.
No mesmo período foram realizados 19 mil e 764 testes de VIH/Sida, das quais mil e 426 resultaram em diagnóstico positivo, dentre estes 322 mulheres grávidas.
Administrativamente, indicou, o município sede (Moxico) lidera a lista com 396 casos, seguido do Luau (193), Alto Zambeze (126), Bundas (83), Léua (36), Cameia (34), Camanongue (18), Luchazes com oito, enquanto o Luacano, por falta de condições técnicas não realizou testagem da doença.
Sem mencionar o número de óbitos por HIV/sida, Clotilde William disse que o sector continua a sensibilizar as comunidades.
A campanha “Nascer Livre para Brilhar” visa eliminar a transmissão do HIV/Sida de mães para filhos e foi lançada em 2019, na cidade do Luena (Moxico), pela primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço.