Trump dá prazo para TikTok ser vendida à Microsoft ou a outra empresa americana

Fonte: EFE

TikTok tem até 15 de setembro para ser vendida à Microsoft ou outra empresa americana, senão será obrigada a deixar os EUA. Trump iniciou uma ofensiva contra a rede social alegando “razões de segurança nacional”.

Donald Trump pressiona TikTok para “proteger” os Estados Unidos

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (03.08) que a rede social TikTok – de propriedade da empresa chinesa ByteDance – tem até 15 de setembro para ser adquirida por uma companhia americana ou deixar de operar no país por motivos de segurança nacional.

O Governo Trump argumenta que o crescimento da TikTok coloca em risco a privacidade dos dados da população americana e a segurança nacional, já que a ByteDance está suscetível a intervenções do Governo chinês.

Sendo uma das redes sociais que mais cresceu nos últimos anos, a TikTok tem mais de 80 milhões de utilizadores nos EUA e cerca de mil milhões em todo o mundo. Alguns utilizadores suspeitam que a ameaça do Presidente está ligada à popularidade da plataforma entre os ativistas, tais como os que protestam contra a discriminação racial.

Microsoft tenta comprar

Na sequência de um encontro entre o seu CEO da Microsoft, Satya Nadella, e Donald Trump, a empresa norte-americana anunciou no domingo passado (02.08) que continua a negociar a possível compra da TikTok nos EUA e que tenciona concluir a operação até 15 de setembro.

Em caso de aquisição do serviço, a Microsoft prometeu “uma revisão de segurança completa” e a entrega dos “benefícios económicos apropriados” aos Estados Unidos, procurando garantir que “todos os dados privados dos utilizadores norte-americanos da TikTok” sejam transferidos e permaneçam no país.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China opõe-se à venda forçada da TikTok impulsionada por Trump, porque uma operação violaria os princípios da Organização Mundial do Comércio.

A China vê a questão da TikTok como mais um capítulo da guerra comercial com os EUA, que tenta conter o poderio tecnológico do país asiático. Washington e Pequim estão a viver um dos momentos mais críticos desde que os dois países estabeleceram relações em 1979.

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