As obras do quebra-mar e do terminal de passageiros do Porto de Cabinda apresentam uma execução física de 65 e 70 por cento, anunciou, nesta quarta-feira, o administrador executivo para o desenvolvimento portuário e obras, Manuel Nunes Barata.

O quebra-mar em construção a cerca de três anos visa conter a intensidade das marés altas (calemas) naquela área, permitindo maior segurança na atracagem e manobra de navios de passageiros (fery boat) e outros de transporte de cargas junto ao futuro terminal de passageiros e na ponte cais local.
Manuel Nunes Barata, que falava durante a visita de jornalistas da delegação da Angop em Cabinda, informou que as obras estruturantes, interrompidas em Março por conta da pandemia da Covid-19, decorrem a bom ritmo.
“Por esta altura, com o regresso dos técnicos portugueses e holandeses em Cabinda, iniciamos a dragagem da zona do quebra-mar e de manobras dos navios e do canal de circulação junto ao Porto de Cabinda”, assegurou.
Em relação ao terminal de passageiros, as obras estão no limite, com a montagem de equipamentos sensíveis, como as linhas de ar condicionado, vidros, sistemas de ventilação, portas, e outros valências que vão permitir condições técnicas de operacionalidade durante o embargue e desembargue de passageiros e cargas,
Entre as duas obras, haverá também a construção da rampa para atracagem do Ferry-boat de tipo Roll-on e Roll off-Cabinda, com previsão de chagada na próxima sexta-feira, no Porto de Luanda, vindo da Singapura, com capacidade de transportação de 240 passageiros, 9 contentores de 20 pés incluindo viaturas ligeiras, cuja rota será Luanda/Cabinda/Soyo/Luanda e vice-versa.
Informou que, com o actual ritmo de execução das obras, o cronograma prevê para, nos próximos dois anos, serem concluídas.
A obra do quebra-mar do Porto de Cabinda está avaliada em 65 milhões de dólares, enquanto o terminal de passageiros, enquadrado no PIIM, está orçado em mais de 70 milhões de dólares.
Antes da visita as obras do quebra-mar e terminal de passageiros do Porto de Cabinda, os profissionais das Angop visitaram o Porto de Águas Profundas do Caio, na zona do Caio Litoral, cujo projecto carece de redefinição.
A circulação do Fery boat Roll on Roll off colocará fim aos problemas de mobilidade de pessoas e carga entre Cabinda e o resto do país.