Após chegarmos ao nono mês do ano e depois de ter havido um reajuste nas medidas sanitárias como consequência da Covid-19, Outubro foi o mês ideal escolhido pelo governo para a regresso ao ano lectivo 2020.
Compreende-se, a priori, a intenção do Estado querer que se recomece as aulas, pois, é lógico, prevê-se um aumento considerável de crianças fora do sistema de ensino para o ano seguinte, visto que o facto do Covid – 19 ter corrompido este ano, no próximo a procura será maior. Porém, nada mais nos resta se não termos mesmo que lidar com isso, para o bem da saúde pública.
A cada dia que passa os números de casos em Angola registam uma subida imparável, concomitantemente, o número de mortes também. Como bónus, como se as subidas dos casos não fosse o suficiente, numa escala de 10 escolas, podemos encontrar uma ou duas que possam ter água corrente, o que torna essa decisão mais perigosa.
Portanto, simplesmente pela ascensão dos danos causados pela Covid e a falta de condições sanitárias por parte das escolas, torna-se imprudente imaginarmos o regresso as aulas em Angola por três razões óbvias, primeiro: a vulnerabilidade que as crianças correm. Segundo: pela falta de condições das escolas, pois não dispõem de meios para salvaguardar a saúde dos alundos. E, por último, pelo facto do ano já estar a beira de terminar.
Com efeito, convém inferir que não é uma boa ideia pensar no regresso às aulas ainda este ano, caso se queira manter a segurança pública e garantir a não propagação deste vírus que alarma o mundo.