REDES SOCIAIS EXPANDEM PROSTITUIÇÃO EM LUANDA

Reza uma cantiga que a prostituição é a profissão mais antiga do mundo. Na verdade, desconheço a existência de um país em que não exista a troca de prazer por um bem ou dinheiro, ou seja, em que não existam trabalhadores sexuais, uma vez que este ofício não se restringe apenas às mulheres como sendo as únicas que vendam sexo.

Com a expansão e afluência das novas tecnologias de informação, apoiado ao facto da acessibilidade a internet ser cada vez maior, hoje quase todos os profissionais e empresas têm um novo mercado onde podem mostrar e vender os seus produtos, até mesmo a partir de casa. Com efeito, os que encontraram no “Game” (tal como chamam a prostituição) o seu ganha-pão não ficaram indiferentes a essa mais-valia.

Nos últimos dias, em Angola, tem-se observado um acesso maior, sem qualquer sigilo, a prostituição nos perfis, grupos e páginas das redes sociais mais usadas, como o Facebook, Whatsapp, Baddo e outros. Há até relatos de que muitas destas agências recrutam meninas comuns, estudantes universitárias, ou até mesmo aquelas que já tenham um emprego, fazendo ofertas aliciantes.

A nossa redacção contactou algumas meninas que usam as redes sociais como o mercado para a venda de sexo, todavia os nomes apresentados nesta reportagem serão fictícios. Por exemplo, segundo Maura, pertencente a um grupo denominado Club das Coleguinhas, “é mais fácil fazer publicidade no Whatsapp, ao invés de ficar na rua e estar vulnerável a deparar-se com conhecidos”.

As razões que estão na base desse aumento à prostituição, segundo apurado, é em virtude a extrema dificuldade que se vive no país. “Eu já terminei o curso superior de gestão, sou licenciada e tenho noivo, mas ele não sabe que faço isso. Entrei nessa vida porque não consigo emprego e preciso ajudar a minha mãe, uma vez que já não tenho pai e passamos muitas necessidades em casa”, afirmou Wilma Magrela, uma célebre miúda do Rangel.

Porém, tal como já frisamos, as mulheres não são as únicas, os homens também vêm ganhando terreno nesta profissão. Eugénio, residente no Benfica, afirma que “a vida não está fácil, foi no “game” que encontrei a solução”.

Desta feita, chama-se aqui as autoridades a fiscalizarem com mais afinco esse quadro, uma vez que o número de menores de idade já a trabalharem como prostitutas é abismal, o que torna-se num problema social maior.

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