Projecto aumenta efectivo de palancas negras gigantes

Um projecto de repovoamento e protecção da Palanca Negra Gigante está em curso, para elevar o número de efectivo no país.

De acordo com a ministra da Cultura, Turismo e Ambiente, o objectivo é que o país atinja, a médio ou longo prazos, duas mil palancas negras gigantes, número que, no passado, fazia parte da estatística nacional, mas que, devido à caça furtiva, reduziu drasticamente.

Adjany Costa referiu que, em 2009, o animal já não constava das estatísticas. Mas hoje, no Parque Nacional de Cangandala, em Malanje, é possível contabilizar 90 espécies. Já na Reserva Integral do Luando, estima-se existirem cerca de 140 palancas, contra as duas mil existentes historicamente no país. 

“Fizemos um ponto de situação do Projecto de Protecção da Palanca Negra Gigante, no Parque Nacional de Cangandala e, também, na Reserva Integral do Luando, que nos permitiu resgatar parte da integridade populacional desta subespécie, que é uma referência nacional”, realçou a ministra aos jornalistas, na quarta-feira, no final de uma reunião do Conselho de Ministros.
A ministra ressaltou que as actividades realizadas em 2019 consistiram, maioritariamente, em actividades de patrulhamento, principalmente no Parque Nacional de Cangandala, bem como a realização de seminários de consciencialização e sensibilização, com parceiros nacionais e internacionais, para a preservação das duas áreas.

Impacto da Covid-19

Adjany Costa ressaltou que, este ano, as actividades, neste sentido, ficaram condicionadas devido à pandemia da Covid-19. “Estamos confiantes que, em 2021, iremos fazer a compensação necessária para retomar as actividades para a sua protecção”, garantiu.
A ministra falou de um trabalho com a Fundação Quiçama (defensora da protecção da espécie), que conseguiu apoio de uma organização inglesa, para dar continuidade aos trabalhos, no próximo ano.

Em Abril do ano passado, o então secretário do Ambiente, Joaquim Manuel, revelou que o país dispunha de uma reserva de cerca de 200 palancas negras gigantes, mas que se encontravam em vias de extinção devido à caça furtiva, no Parque Nacional de Cangandala.
Falando no seminário sobre o “Programa de Protecção da Palanca Negra Gigante”, o governante manifestou preocupação em relação à situação.

O crescimento da espécie, de acordo com Joaquim Manuel, era apenas de 10 por cento, quando o ideal seria 70 por cento, para que, caso se registe uma eventual catástrofe na zona, existam exemplares suficientes para garantir a sobrevivência.
Para o secretário de Estado do Ambiente, a caça furtiva constitui ameaça para a espécie, por insuficiência de fiscais. Sublinhou que existiam, no país, apenas 1.600 fiscais,muito aquém da cobertura pretendida.

A caça furtiva, segundo o governante, era mais praticada na Reserva Integral do Luando, em Malanje, comparativamente ao Parque Nacional de Cangandala, por ser uma área muito vasta.Para Joaquim Manuel, a solução para este problema passa pela aplicação de novas tecnologias de controlo, para ajudar na detenção de caçadores furtivos.

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