O Presidente angolano considerou ontem que, perante o “mar de dificuldades” decorrentes do baixo preço do petróleo e da covid-19, a “única saída” que resta a Angola é “produzir internamente tudo o que as potencialidades do país permitirem”.
“Estimular a produção interna de bens e de serviços, contando com o investimento privado nacional e estrangeiros na agricultura, nas pescas, na indústria, no turismo, na imobiliária e outros ramos da economia nacional”, afirmou hoje João Lourenço.
O Presidente da República, que falava no Palácio Presidencial, em Luanda, na cerimónia de posse dos membros do Conselho Económico e Social, sublinhou que o estímulo da produção interna deve concorrer para o “aumento da oferta de emprego”, sobretudo para os jovens.
Pelo menos 46 pessoas, entre economistas, académicos, ambientalistas, analistas e demais atores da sociedade civil angolana compõem o atual Conselho Económico e Social, criado recentemente e hoje empossado.
João Lourenço disse contar com o saber e a experiência das personalidades que integram o Conselho.
“Para juntos encontrarmos as melhores saídas desta situação difícil em que nos encontramos”, afirmou, sublinhando: “Mas que será ultrapassada se trabalharmos unidos e com otimismo e esperança em dias melhores”.
“A tempestade passará, mas a bonança só vem com o trabalho organizado e abnegado dos melhores filhos da pátria, daqueles que procuram fazer bem o que sabem fazer, colocando esse saber em prol do desenvolvimento económico e social do país”, notou.
O Presidente angolano manifestou também confiança aos membros do Conselho Económico e Social, referindo: “Juntos descobriremos as oportunidades que se escondem por detrás do que aparenta só serem dificuldades”.
“Descobriremos juntos as formas de criar riqueza e acabar com a pobreza”, observou.
Num olhar às dificuldades mundiais, agravadas pela queda do petróleo e pela covid-19, com reflexos negativos igualmente para a condição socioeconómica de Angola, referiu que a situação “obriga a ser cada mais engenhosos e criativos”.
Salientando que todos pretendenm “o melhor” para Angola, “independentemente de quem tenha o mandato do povo para governar”, realçou que ao longo dos três anos de mandato à frente do poder em Angola, o executivo tem procutado “sempre trabalhar com a sociedade civil organizada”.
“Com as ONG, igrejas, associações profissionais e empresariais que nos têm ajudado a encontrar os melhores caminhos na solução dos problemas económicos e sociais que enfrentamos”, apontou.
Os economistas Alves da Rocha, Carlos Rosado de Carvalho, José Severino e Precioso Domingos, o ambientalista Vladimir Russo e a ativista e defensora dos direitos da mulher Delma Monteiro são algumas das personalidades que integram o Conselho Económico e Social.
Fonte: Lusa