Passageiros com destino à Cabinda retidos em Luanda desde Março de 2020, ouviram com estupefacção e indignação as declarações do General Pedro Sebastião, chefe da Casa de segurança do Presidente da República de Angola, ontem na conferência de imprensa ao dizer que o número dos passageiros com destino à Cabinda é ínfimo e não permite a realização de vôo humanitário.
A indignação dos passageiros é assente pelo facto de terem submetido um informe da sua situação e com várias assinaturas ao chefe da Comissão Interministerial do combate e prevenção da COVID-19, que pelo sinal é o Pedro Sebastião que deveria autorizar os vôos humanitários para Cabinda.
Segundo informações enviadas à página, os passageiros poderão reunir urgentemente e tomar uma decisão sobre esta situação e não descartam a possibilidade de desencadearem uma manifestação no aeroporto de Luanda.
Os passageiros com destino à Cabinda superam em números daqueles que estão a beneficiar dos vôos humanitários, por esta razão não entendem esta actitude de dois pesos e duas medidas. Até hoje ninguém consegue perceber o que está na base disto, lamenta uma passageira.
Dizer que são mais de 250 passageiros com destino à Cabinda que estão retidos desde Março e que têm apelado às autoridades competentes para que a sua situação seja enquadrada e vista no âmbito dos vôos humanitários que as autoridades angolanas realizam, mas sem sucesso, para o chefe da Comissão vir à público dizer que o número é insuficiente.