Os grupos parlamentares da CASA-CE e da UNITA afirmaram nesta terça-feira que a proposta de OGE-2021 não trará melhorias para o país.

O Presidente do Grupo Parlamentar da CASA-CE, Alexandre Sebastião, saudou a discussão, na especialidade, da proposta de OGE-2021, tendo referido que apesar das contribuições o documento é “inadequado” ao actual contexto angolano.
Para o Presidente de Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiaca, o seu partido reprova a proposta de OGE-2021, por entender que a mesma não se vai reflectir positivamente na vida dos cidadãos, das famílias e das empresas.
“As opções assumidas em sede da proposta de OGE-2021, quanto ao sector produtivo e económico, a nós não satisfazem, porque não existe preocupação de se pagar primeiro a dívida interna e os empresários nacionais estão cada vez mais pobres”, observou o líder parlamentar da UNITA.
Por seu turno, o Presidente do Grupo Parlamentar da MPLA, Américo Cuononoca, desvalorizou as críticas da CASA-CE e da UNITA e reafirmou que a proposta de OGE-2021 foi elaborada para fazer face ao actual contexto político, económico e social do país, tendo como foco o combate à crise.
O líder parlamentar do partido dos camaradas frisou que o sector social é o mais beneficiado na referida proposta de OGE, devido ao seu impacto directo na vida diária dos cidadãos.
“É um OGE contextualizado e que assume muitos desafios, sobretudo para o sector económico que está a ser fortemente afectado pela crise mundial e pelos efeitos negativos da pandemia da COVID-19”, sublinhou o deputado.
No entender do Américo Cuanonoca, o facto de o Executivo priorizar na proposta de OGE-2021, o pagamento da dívida externa e dos salários da função pública, é um indicador importante para o combate à crise económica e financeira, bem como a garantia do bem-estar das famílias angolanas.
A proposta de Lei que aprova o OGE 2021 vai à votação global no dia 14 de dezembro.