Garrido Fragoso
16 de Julho, 2020
A ministra das Finanças, Vera Daves, disse, ontem, no Parlamento, que para a atribuição de verbas às províncias, no OGE, foram considerados os critérios de dimensão e densidade populacional e o de existência ou não de projectos de âmbito nacional.
Ministra da Finanças, Vera Daves.
Fotografia: Edições Novembro| Arquivo
“Temos procurado, de forma progressiva, aumentar os orçamentos para as províncias que historicamente têm recebido menos verba”, referiu Vera Daves, apontando como exemplo a província da Lunda-Sul, que no orçamento em vigor teve um aumento de 42 por cento comparativamente ao de 2019.
No OGE-2020 Revisto, a Lunda-Sul, tal como outras províncias, sofreram cortes, explicou a ministra das Finanças, salientando que “continuaremos a ser mais agressivos no reforço orçamental daquelas províncias que têm recebido menos orçamento, com vista a diminuir as disparidades”.
Em relação à questão colocada por um deputado da oposição, alegando que o orçamento está mais focado no país urbano do que no rural, a ministra das Finanças exemplificou com algumas acções implementadas pelo Executivo, que mostram o contrário. É o caso do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), que tem uma incidência concreta e específica nas municipalidades, sobretudo naquelas com maior carência de infra-estruturas económicas e sociais.
Como exemplo do orçamento estar também focado no país rural, Vera Daves explicou que no quadro do PIIM está a ser ensaiado um novo modelo de execução orçamental, de forma a serem as próprias administrações municipais a executarem o programa. “É um ensaio importante para aquilo que serão as autarquias”, declarou.
O compromisso do Executivo para com a aceleração da Agricultura Familiar e o programa Kwenda, que garante ajuda financeira por doze meses às famílias vulneráveis, foram outros exemplos apontados pela ministra, que espelham as preocupações do Executivo para com o meio rural.