O VALOR DO NEGÓCIO NA ECONOMIA “Celso Malavoloneke”

As duas makas de hoje (o regresso do Mikas à RNA e a possível falência do sector privado da Educação) levam-me a questionar o valor do negócio na nossa economia.

Por um lado, os meus colegas jornalistas vão dizendo que a concorrência comercial não conta nas empresas de comunicação social. Quer dizer, se eu tiver uma rádio e televisão, um jornalista da minha rádio pode trabalhar simultaneamente na TV do meu concorrente. Parece não contar que na comunicação social como em todo o negócio, “o segredo é a alma do dito cujo”. Será isso mesmo? Como é que assim o negócio vai dar lucro?
Depois vem a maka dos colégios e universidades privadas. Agora têm que devolver os 60% da propina recebida durante o Estado de Emergência e Situação de Calamidade Pública. Mas e os funcionários cujos salários pagaram, vão devolver o dinheiro? E pela leveza que se fala da anulação do ano lectivo, isso não vai matar este negócio? Sim, porque é negócio nesmo!…
Dali a questão: o negócio é ou não importante para a economia, já que vem do empresariado acima de 90% dos impostos? Se assim é, deve ser tratado como aliado ou inimigo do Estado e da Sociedade?
Em tempo 1: Em Angola vigora uma economia de mercado onde a livre iniciativa privada é a pedra basilar (em princípio).
Em tempo 2: A Associação Nacional de Ensino Privado disse hoje que vão ser despedidos nos próximos dias 120.000 funcionários do sector dos quais 20.000 professores
Em tempo 3: O governo português nacionalizou sumariamente há semanas uma empresa porque era estratégica e estavam em risco… 2.500 empregos. Ora, dizem as estatísticas que o negócio do ensino privado enquadra quase metade da população estudantil do país…🤷🏾‍♂️🤷🏾‍♂️🤷🏾‍♂️
Claro, em nenhum momento se põe em causa a salvaguarda da Vida como valor inalienável nesse contexto de pandemia…

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