A Movicel, segunda operadora de rede de telecomunicações móveis vai, nos próximos dias, despedir um número de trabalhadores ainda não quantificados.
De acordo com fonte do Na Mira do Crime, esta situação visa principalmente afastar funcionários das áreas técnica, administrativa e financeira e comercial, que em Maio de 2018 contestavam “as assimetrias salariais” na empresa e exigiam aumentos. Segundo a mesma fonte, o director dos Recursos Humanos, Paulo Abreu, deste à data, tem vindo a ‘caçar’ e a despedir todos aqueles que em 2018 aderiram a greve.
“Para terem uma ideia, é só verem que toda Comissão Sindical foi despedida depois da greve, num claro atropelo à lei. E não é só, àqueles que não foram despedidos estão afastados dos seus cargos de chefia, enfim, são coisas que acontecem num país onde as leis são atropeladas por qualquer individuo ou instituição”, denunciou.
De recordar que no mesmo ano, 2018, os três responsáveis sindicais da Movicel, nomeadamente Costa Santos, até então primeiro secretário e porta-voz da comissão sindical, Talma da Costa António, antiga secretária jurídica da organização sindical e Octávio Marques, secretário da juventude, foram demitidos.
Péssima prestadora de serviços
Clientes da Movicel reclamam de forma sistemática, quase todos dias, do péssimo serviço prestado por esta operadora. Desta forma, usuários de vários escalões buscam soluções alternativas para se adaptar às novas tarifas e reduzir o impacto das debilidades no sinal de rede.
De acordo com o Club K, A Movicel é uma empresa onde o descaso pelo funcionário e a usurpação dos benefícios da maioria fazem a LEI. Na Movicel, para se ter um aumento de salário, ou actualização salarial, por troca de função, nível de escolaridade, volume ou tipo de trabalho tem de se ter sorte, ou ser alguém importante, com fortes relações (sejam lá de que tipo) com pessoas grandes.
Se o funcionário não for “key person” está condenado e não tem direitos, só deveres. É mais fácil um funcionário novo ter o salário devidamente actualizado, do que um antigo que efective uma mudança de área ou troca de função.
Não se sabe com honestidade qual é a complicação do processo. Os Recursos Humanos, dizem que o problema é Jurídico e/ou Financeiro mas ninguém explica nada. Há alguns anos foi feita uma actualização salarial exorbitante para chefes e Directores, técnicos de meia-tijela foram esquecidos, porque claro a empresa é movida à Chefes.