Media Nova é do Povo

Por: Redacção 

3 de Agosto de 2020

O Grupo Media Nova continua sendo o prato levado à mesa das análises, depois de ter sido assumido pelo Estado e gerido pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias da Informação e Comunicação Social.

No âmbito do processo de recuperação de activos criados com fundos públicos, uma missão que o governo de João Manuel Gonçalves Lourenço tem como bandeira de trabalho, o governo angolano assumiu, por decisão da Procuradoria-Geral da República, o controlo da TV Zimbo, Rádio Mais e do jornal O País, instituições que fazem parte do grupo Media Nova.

Segundo um comunicado disponibilizado pelo Ministério Público de Angola, a TV Zimbo, a Rádio Mais e o jornal o País, foram construídos com fundos públicos, ora vejamos, se chegou-se ao ponto destas empresas da comunicação social serem apreendidas, é porque o Estado não teve o retorno, logo, a apreensão é um direito do credor, nesse caso o próprio Estado.

A Redacção do Portal Pleno247News, acredita que apesar da Media Nova pertencer à altas figuras do mandato de José Eduardo dos Santos, não se deve especular qualquer tipo de perseguição ou acerto de contas, afinal, e como diz o adágio popular, “quem deve, paga!” e se não paga, então que sofra as consequências.

Há quem diga que o grupo Media Nova merecia mais oportunidades para resolver a sua situação e que não devia ser gerida pelo Estado, por ser detentora da media pública, mas são premissas já contrapostas pelo Ministro Manuel Homem, pois o governo angolano assegurou que não haverá interferências na linha editorial, pluralidade e liberdade de imprensa, nem estão em risco os postos de trabalho nesses órgãos de imprensa.

Temos a cultura de falar apressadamente e nos adiantarmos aos factos, o Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação Comunicação Social, assegurou que o Estado pretende manter a diversidade da informação no país, e que estão criadas as condições para que a normalidade das empresas do Grupo se mantenha.

Vamos recordar que até pouco tempo a liberdade de imprensa em Angola era uma utopia, e se torna realidade, com a quarta república. Portanto, é de certo modo injusto que acreditemos que quem trouxe a luta contra a corrupção e a liberdade de imprensa dos angolanos, seria o promotor de algo tão sórdido como ceifar anos de trabalho de um Grupo como a Media Nova. O trabalho é para a nação, e deve gerar resultados para ela e não para elementos dela.

Foi também anunciada a pretensão da venda das empresas em questão ao sector privado, via concurso público, mas como essa é uma realidade nova é normal que se precise de acertos. Enquanto isso, deixemos o Serviço Nacional de Recuperação de Activos trabalhar, deixemos os angolanos que amam o seu país trabalharem.

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