A ministra da Educação, Luísa Grilo, solicitou, neste sábado, em Luanda, a colaboração dos pais e encarregados de educação para um retorno às aulas de forma segura.

De acordo com a ministra, que falava em conferência de imprensa sobre o retorno das aulas a partir desta segunda-feira, 05, pais e encarregados de educação são componente importante no processo de educação e ensino e, no caso particular, face ao cumprimento das regras estabelecidas para a prevenção e combate à pandemia da Covid-19.
Luísa Grilo afirma que, por se tratar de um contexto especial, de grande vulnerabilidade, exige de todos um sentido elevado de responsabilidade.
Informou ter sido feito um apurado trabalho para acolher os estudantes de forma segura e evitar que as crianças possam ser infectadas enquanto estiverem nas escolas.
A ministra adiantou ainda que neste retorno vão ficar de fora as crianças que padecem de diversas patologias, em particular as com a doença de anemia facilforme.
Por seu turno, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo, apelou para o sentido patriótico, espírito de equipa e humanismo.
Maria do Rosário Sambo adiantou que o trabalho feito permite às instituições do ensino superior reabrir dentro da normalidade, reconhecendo, no entanto, haver ainda algumas “agulhas” a acertar.
Conforme o novo calendário, dia 5 de Outubro retomam as aulas do ensino universitário e das classes de transição do I e II ciclos do ensino secundário (6ª, 9ª, 12ª e 13ª classes).
No dia 19 de Outubro retornam os estudantes da 7ª, 8ª, 10ª e 11ª classe, todas também do II ciclo do ensino secundário, ao passo que o ensino primário e o I ciclo começam dia 26 de Outubro.
Com as turmas divididas em grupos, no ensino primário e I ciclo, as aulas terão duração de 02h30, enquanto no II ciclo do ensino secundário 03h30 de carga horária, sem direito a intervalo.
Dados disponíveis indicam que o país possui dois mil colégios (primário, I e II ciclo do ensino secundário), dos quais 666 em Luanda. Estes contam com um milhão e 500 alunos matriculados.
Já o ensino superior conta com 57 instituições privadas e público-privadas, onde estão matriculados cerca de 200 mil estudantes.
No geral, o país controla 18 mil e 297 escolas (com 97 mil e 459 salas de aulas em funcionamento no ensino geral), estando matriculados mais de 10 milhões de alunos do ensino primário, I ciclo do ensino secundário e II ciclo do ensino secundário.
O sector conta com 200 mil professores.
Em termos do ensino superior apontam para um total de 8 universidades públicas, 7 institutos superiores públicos e 57 instituições privadas e público-privadas.