Ao decretar-se os Estados de Emergência e Calamidade, os cidadãos ficaram com certos direitos limitados, como forma de se proteger o bem maior, a saúde pública. Os táxis, desde então, só podem lotar 50%, referente ao número de passageiros, e isso tornou o acesso a este serviço mais difícil para os munícipes, pois os taxistas passaram a fazer linhas curtas.
Também exigiu-se o distanciamento social, que obriga as pessoas a estarem um metro e meio (1,5 m) de distância entre si, para impedir-se a propagação do Covid – 19, em Angola. Porém, tudo isto, cumpre-se apenas no papel, pois a realidade em Luanda danos de graça a imagem do contrário, ou seja, não se vê “claramente” o distanciamento social nas paragens da cidade capital.
Em horários de pico, laboral e pós-laboral, regista-se uma obesa enchente nas paragens de todo lado, criando um aglomerado entre as pessoas, chocando cruelmente com as regras sanitárias. Para piorar, este triste facto não é o único que ignora as regras impostas pelas autoridades, os mercados informais também dão o ar da sua graça.
Em grandes mercados informais confirmam a inexistência do distanciamento social, pois as pessoas “friccionam-se” umas as outras, por falta de organização, tornando todas as pessoas, que aí circulam, vulneráveis ao coronavírus.
Estes dois factos, e outros, mostram que em Luanda, pelo menos, o cumprimento do distanciamento social não casa com a realidade. Com efeito, fica aqui claro que há grandes possibilidades de elevar-se, dia pós dia, o número de pessoas infectadas.
Como forma de sugestão, o Executivo precisa rever as regras sanitárias impostas, para que não cheguemos aopíncaro, ao ponto de todos acusarmos positivo. A enchente nas paragens surgem pela dificuldade de táxis, então aconselha-se a apelar ao uso obrigatório de máscaras e desinfectação dos passageiros, ao entrarem nos táxis, para que se reduza categoricamente o número de pessoas nas paragens.