A veneranda Juíza de Direito, Regina Carmo L. Sousa está a ser perseguida, ao que tudo indica, pela arbitrariedade e monopólio instaurado no seio do Tribunal Supremo, onde o seu Presidente, paradoxalmente, julga uma juíza e colega mas defende misteriosamente o caso do Banco Económico. Em causa está a decisão da Juíza, que terá se deslocado para o Banco Econômico para fazer cumprir a sentença ditada em tribunal e que o BE simplesmente não queria cumprir.
O facto irritou os marimbondos que estão por trás da gestão do BE, que por sinal continuam a gozar de influências no sistema judicial do país. Assim sendo, fizeram sair um documento hoje, através da Comissão Permanente do Conselho Superior da Magistratura Judicial, em que instauraram um processo disciplinar a Juíza, que apenas quer fazer cumprir a lei.
O documento publicado pela Comissão permanente daquele órgão superior de justiça, é uma prova evidente de que a nossa justiça continua viciada e a ser encomendada por forças estranhas, porque não se consegue perceber como foi possível aquele órgão elaborar um documento a se demarcar de uma atitude que em função da situação deveria se entender como a viável, pelo incumprimento do Banco Econômico, que se mostra relutante ao não cumprir uma sentença determinada pelo tribunal, nem faz menção ao facto, e simplesmente se limitou a condenar a atitude da juíza, numa declarada perseguição pessoal por não dançar a música deles.
A nossa justiça continua injusta, parcial, e o pior, está esquematizada sobre o domínio dos marimbondos, por isso, muitos deles se acham intocáveis. O caso do Banco Econômico e essa relação muito próxima que tem com o Presidente do Tribunal Supremo, é mais uma prova disto, mesmo o Banco Econômico perdendo o processo em tribunal, este não cumpre a sentença, viola a orientação do tribunal e ainda assim o Conselho Superior da Magistratura Judicial sai em defesa do banco. Afinal, qué tipo de justiça é essa?