Cerca de duzentos e cinquenta elementos da JMPLA, braço juvenil do partido no poder, doaram sangue à secção de hemoterapia do Hospital Geral do Lobito, província de Benguela, numa altura em que o sector tem apenas três bolsas de 1500cc em stock.
Em declarações à imprensa, a chefe da referida secção, Juliana Candeia, agradecendo o gesto, calcula arrecadar pouco mais de 50 bolsas, em função dos inaptos, o que durará para cerca de uma semana de trabalho.
“Precisamos de pelo menos 40 bolsas/dia para trabalhar a vontade, o que está longe de acontecer, porque muitas famílias não repõem o sangue utilizado pelos seus pacientes e as doações têm sido esporádicas”, sublinhou.
Questionada sobre casos de emergência, Juliana Candeia afirmou que o HGL tem recorrido às hemoterapias do Centro Materno Infantil, na zona alta da cidade, e do Hospital da Catumbela, para não ficarem sem stock.
Segundo ela, os grupos sanguíneos mais solicitados são o ORH positivo, o ARH+ e o BRH+, enquanto que o mais raro é o ORH negativo. Este último serve para todos, mas o doador só pode receber o próprio.
A chefe da hemoterapia explicou ainda que o sangue é utilizado com frequência no Bloco operatório, no Banco de Urgência, Pediatria e Maternidade.
Por seu turno, o primeiro secretário municipal da JMPLA, Joaquim Raimundo, afirmou que esta é uma orientação nacional do partido, que é implementada trimestralmente todos os anos.
Como doador antigo, sente-se regozijado em ajudar as pessoas que necessitam de sangue já que o seu gesto poderá salvar uma vida.
Por outro lado, Rita Ricardo, também pertencente àquela organização juvenil, diz ser a quarta vez que participa nesta actividade e também sente-se lisonjeada.
“Apelo a todas as pessoas que têm condições de saúde para o fazer, na medida em que o hospital necessita permanentemente de sangue para acudir pacientes debilitados por falta de sangue”, enfatizou a jovem.
A terceira e última fase de doação de sangue da JMPLA está programada para o próximo mês de Novembro.