Mesmo após mais de 40 anos que a galinha de ouro de Portugal tornou-se um Estado Soberano, os antigos colonos não querem, de modo algum, largar uma das suas maiores receitas económicas, Angola. Isabel dos Santos: nova directora da TVI
Isabel dos Santos: nova directora da TVI
O advento do combate a corrupção, simultáneamente ao esforço empenhado para a consolidação do repatriamento de capitais que saíram do Estado angolano ilicitamente, evidenciam que Isabel dos Santos, que tem um activo líquido que chega a influenciar muito na economia portuguesa, está cada vez mais a correr o risco de perder tudo e passar a ser património público angolano, tal como está a acontecer com muitas empresas em Angola.
Isabel dos Santos conferiu milhares de postos de trabalho aos portugueses, por meio dos variados investimentos que possui na terra Lusa, que se chegarem a ser confiscados e repatriados, Portugal poderá registar uma crise de desemprego significativa, pois os activos da antiga PCA da Sonangol chegaram a compreender 3% da saúde económica de Portugal, ajudando para que os portugueses tenham um nível de vida melhor que os angolanos.
A necessidade de salvaguardar este precioso interesse de Portugal para com Angola, moveu empresas portuguesas que devem favores a Isabel dos Santos, pelos milionários financiamentos que a empresária angolana concedeu a eles, a criarem formas possíveis de atingir o governo angolano e, de modo efectivo, a instalarem uma opinião pública mal-intencionada que objectiva desacreditar as boas intenções do novo governo de Angola.
Entretanto, a TVI, enquanto um órgão que tem como accionistas pessoas que prestam e prestaram serviços e devem favores à Isabel dos Santos, tal como Miguel Osório, um dos maiores accionistas deste canal televisivo, que também já foi Director Geral do grupo Candando, uma rede de shopping e supermercados em Angola que pertence a empresária angolana, coloca em primeira instância os interesses de quem ajuda a pagar o salário dos seus jornalistas, ao invés de seguir a ética deontológica jornalística internacionalmente estabelecida.
A televisão portuguesa tem estado a dirigir um esquema que dificulta o Estado angolano, tentado limpar a imagem de Isabel dos Santos e criando mecanismos para sujarem os membros auxiliares do poder Executivo de Angola. Chega até a ser ridículo o facto de a TVI simplesmente ter cedido uma entrevista para a “Rainha dos ovos de ouro” justificar e se defender dos processos que lhe foram constituídos pela Procuradoria-Geral da República de Angola.
Fica clara a “tola esperteza” dos portugueses, ao fazerem parecer que não têm problemas no seu governo e vêm meter a colher nas irregularidades que o Estado angolano tem estado a sanar, como se ainda fóssemos uma província ultra- marítima de Portugal. Angola, no tempo colonial e até antes de chegar o governo de João Lourenço, era das colonias que mais contribuíram para o crescimento da economia da terra de Camões, por isso, o “desmamo” será uma baixa para eles.
Portugal, com um sistema político-social recheado de escândalos de branqueamento de capitais e corrupção, envolvendo milhares de entidades do governo de António Costa, juízes e até mesmo que incluíram o cessante chefe do governo, Pedro Passos Coelhos, por crimes que ainda estão por se apurar, abandonam tudo isso e vem investigar um país “alheio”, desculpem-me, meus senhores, somos pretos, mas não burros.
“Antes de ires lavar a loiça de seu vizinho, lave primeiro a de sua casa”, antes de irmos nos meter nos problemas de outrem, devemos ter a sabedoria de resolvermos primeiro as nossas “makas”, então a “Tuga” não tem nada que meter-se nos «diculos» da nossa “mwangolé”, uma vez que somos livres e soberanos, até mesmo porque eles não se meteriam aonde não tirariam alguma vantagem.
Entretanto, o esforço dedicado pelo governo português ou pelos «capatazes» de Isabel dos Santos na Tvi para criar dificuldades aos angolanos não me pareça que terá um desfecho satisfatório, pois o povo angolano acordou e percebeu que pode caminhar rumo a melhoria categórica do país, independentemente dos entraves que vão surgindo.