O país quer, em colaboração com a Índia, construir uma indústria sustentável de medicamentos destinados ao tratamento de doenças crónicas não transmissíveis. O interesse do Executivo foi expresso pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, na primeira reunião da Comissão Mista Bilateral Angola-Índia, que decorreu por vídeo- conferência esta Segunda-feira.

A titular da pasta da Saúde fez saber que o acordo para avançar com a criação de uma fábrica de medicamentos no país já está preparado, no entanto, não revelou quando é que este será assinado.
“Gostaríamos que, ainda nesta legislatura, tivéssemos a oportunidade de ter uma fábrica de medicamentos a funcionar. É sempre um processo não tão linear, mas acredito que ainda será possível”, aSrmou, citada pelo Jornal de Angola. A Índia é uma referência mundial em termos de fabricação de medicamentos e tem bons hospitais e bons programas de saúde, disse, admitindo que é “preciso olhar para esta potência asiática em termos de conhecimentos, indústria de saúde e farmacêutica”.
“A Índia é um grande fabricante de medicamentos e nós pretendemos criar fábricas”, sublinhou.
Indicando que Angola está a construir hospitais, Sílvia Lutucuta considerou que o país asiático também poderá ajudar na formação dos profissionais de saúde nacionais: “Estamos a construir hospitais em várias províncias e necessitamos de formar mais técnicos, devendo, para o efeito, aproveitar a capacidade deste parceiro”.
Angola poderá fazer uso das “tecnologias de informação, tele-medicina, tele-aulas” que irão ajudar a concretizar o “programa ambicioso” do Governo na “formação especializada a vários níveis” dos proSssionais de saúde nacionais, acrescentou.
Está ainda em cima da mesa a celebração de um acordo que prevê a supressão de vistos em passaportes diplomáticos e de serviço entre os dois países e a potencialização da agricultura nacional.