Incertezas e dúvidas marcam reinício do ano lectivo hoje

Depois de seis meses de paralisação, as aulas retomam hoje, em todo o país, mas muitas escolas não têm o mínimo de condições de biossegurança.

Em Luanda, das 785 escolas públicas exitentes, 100 não têm condições para o reinício das actividades lectivas. O director do Gabinete Provincial da Educação, Narciso Benedito, afirmou que ao longo dos últimos seis meses foi feito um trabalho de formação a 21.354 professores e actores do sector, para garantir um regresso às aulas com maior segurança aos alunos.

As orientações metodológicas e pedagógicas definiram a redução do programa de ensino, para estar adequado ao calendário ajustado em função da pandemia da Covid-19. Cada turma terá apenas 30 alunos, respeitando o distanciamento de um metro e meio. As autoridades sanitárias recomendam a lavagem das mãos com frequência ou desinfectá-las com álcool-gel, sem descurar o uso da máscara durante as aulas.

No ensino geral, as aulas reiniciam apenas nas classes de exame ou seja 6ª, 9ª, 12ª e 13ª classes. Para o dia 19 de Outubro está previsto o reinício das aulas para as classes de transição, nomeadamente, 7ª classe, 8ª e 11ª.  No dia 26 deste mês poderão retomar os alunos da 1ª, 2ª e 3ª classes. De acordo com Narciso Benedito, nos primeiros cinco minutos de aulas os professores devem fazer uma pequena abordagem sobre a Covid-19.

O secretário provincial de Luanda do Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof), Fernando Laureano, reitera que não estão criadas as condições para o regresso às aulas. Sublinhou que nas várias escolas públicas visitadas pelo sindicato constatou-se a falta de condições para o reinício das aulas.

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