A província do Huambo registou, ontem, os dois primeiros casos positivos da Covid-19, dado que coloca apenas duas províncias sem infecções, concretamente Cuando Cubango e Namibe.
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No encontro com jornalistas sobre a evolução da pandemia no país, o secretário de Estado para a Saúde Pública não avançou os bairros, nem vínculo epidemiológico de pessoas infectadas. Franco Mufinda sublinhou que o mês de Agosto teve o maior número de infecções por Covid-19, com o registo de 1.506 casos positivos, 66 óbitos e recuperados 631 pacientes, ou seja, mais da metade desde o início da pandemia.
“Relativamente ao comportamento da pandemia no país, podemos afirmar que estamos numa fase crescente. Analisando a última semana de Agosto, a média diária foi de 65 infecções, dois óbitos e 35 pacientes recuperados”, precisou.
Mais 75 infecções
Nas últimas 24 horas, o país registou 75 casos positivos da Covid-19 em quatro províncias, sendo 14 no Soyo, província do Zaire, oito em Cabinda, dois no Huambo e 51 Luanda, distribuídos pelos municípios de Viana, Cacuaco, Belas, Kilamba Kiaxi, Cazenga, Talatona e pelos distritos da Samba, Ingombota e Rangel.
Ainda ontem, um cidadão de 65 anos faleceu em consequência da Covid-19, na província de Luanda, e 13 pacientes foram recuperados, sendo 11 na capital do país e dois em Benguela. O secretário de Estado referiu que os infectados têm idades compreendidas entre 1 e 69 anos, sendo 52 do sexo masculino e 23 do sexo feminino.
Baseando-se num estudo realizado pela Comissão Multissectorial, Franco Mufinda disse que 69 por cento dos casos positivos da Covid-19 não apresentam sintomas e sete por cento têm dores de cabeça. Acrescentou que cinco em cada 100 pessoas apresentam sintomas de tosse e quatro por cento têm dificuldades respiratórias.
Continuando a fazer referência ao estudo, Franco Mufinda sublinhou que três em cada 100 cidadãos infectados acabam por apresentar sintomas defebre, dois por cento têm irritação ou dor na garganta e apenas um percentual mínimo apresenta perda de paladar ou ausência de cheiro. O governante esclareceu, ainda, que 97 por cento dos casos positivos não apresentam febre.
Angolanos regressaram
O secretário de Estado informou que 227 angolanos, que se encontravam retidos no Brasil, regressaram ontem ao país e cumprem quarentena domiciliar. Ainda ontem, 57 cidadãos que estavam em quarentena institucional na província do Cunene, provenientes da Namíbia, regressaram a Luanda.
Franco Mufinda disse que por força do Decreto Presidencial sobre o Estado de Calamidade Pública, o isolamento domiciliar continua a ser aplicado onde há condições de habitabilidade e apenas a pacientes assintomáticos. “As pessoas que cumprem isolamento domiciliar são acompanhadas pelas autoridades municipais de saúde, comissão de moradores, vizinhos e, sobretudo, pelas administrações municipais”, explicou.
O secretário de Estado informou que prossegue hoje, em Luanda, a partir das 8h00, a testagem em massa dos taxistas, concretamente em Cacuaco (no Instituto Médio Politécnico) e em Viana (na zona dos Quatro Campos, no Instituto João Beirão). Desde o início da pandemia, o país registou 2.729 casos positivos confirmados, dos quais 109 óbitos, 1.084 recuperados e 1.536 activos.
Dos casos activos, um encontra-se em estado crítico a receber tratamento por ventilação mecânica invasiva, 23 são pacientes em estado grave, 36 são considerados moderados, 48 apresentam sintomas leves e 1.428 são assintomáticos. No domínio laboratorial, nas últimas 24 horas foram processadas 465 amostras, das quais 75 positivas.
De acordo com o secretário de Estado para a Saúde Pública, desde o início da pandemia foram processadas 57.500 amostras, sendo 2.729 positivas.