Governo de Luanda condena vandalização da estátua de Agostinho Neto

O Governo Provincial de Luanda (GPL) condenou esta quinta-feira os actos de vandalização da estátua do fundador da Nação, Agostinho Neto, erguida no largo 1º de Maio.

A vandalização ocorreu durante a manifestação de jovens activistas, que se concentraram no largo para protestar contra o aumento do custo de vida, do desemprego, da falta de água, luz e o deficiente sistema de saúde pública. 

O protesto, inserido nas celebrações do Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de Dezembro) visou, igualmente, exigir a realização de Eleições Autárquicas, em 2021.

Apesar de não se ter registado confrontos entre os manifestantes e a Polícia Nacional, o GPL considera que a manifestação se mostrou “longe de ser pacífica”, e houve desrespeito do distanciamento físico, exigido pelo Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública.  

Em comunicado, o GPL afirma ter sido, também, desrespeitada a Lei de Manifestação e Reunião, tendo considerado lastimável o desrespeito da estátua de António Agostinho Neto.  

Durante o protesto, três jovens escalaram até ao topo da estátua e colocaram bandeiras da República e um pano branco com dizeres ofensivos, prática que as autoridades condenam.  

“Agostinho Neto, cuja estátua foi gravemente desrespeitada, é sem sombras de dúvida o símbolo da libertação e da unidade nacional. O fundador da Angola independente e primeiro Presidente de Angola deve merecer de todos os angolanos o máximo respeito”, lê-se na nota.  

Conforme o GPL, “as imagens registadas em nada abonam o clima de sã convivência social”, razão pela qual apela à urbanidade e à livre expressão dos direitos fundamentais dos cidadãos, para uma convivência saudável.

Aconselha os mais variados extractos sociais a procurarem as plataformas adequadas para manifestação de insatisfações, resumidas no respeito aos símbolos nacionais.  

A manifestação, terceira realizada na capital do país entre Novembro e Dezembro, partiu do largo adjacente ao Cemitério da Santa Ana e culminou com marcha até ao largo 1º de Maio.  

Fonte: Angop

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