Os generais Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino” e Manuel Hélder Viera Dias Júnior “Kopelipa” sempre foram parte dos principais delapidadores do erário público do país e figuram no alto escalão da marimbondagem, por serem sido os principais testas de ferro de José Eduardo dos Santos, agora que estão a ser ouvidos e investigados pela PGR, não podem apenas se limitar a fazer entrega dos bens, o povo acha justo que os mesmos sintam também a mão pesada da lei, pelos vários crimes que estão por trás dos desvios feitos.
Corrupção paga-se com cadeia, apesar de neste momento gozarem de imunidade, o que lhes “blinda” deixando a acção dos tribunais limitada, mas quase que está tudo provado até para os leigos em matérias jurídica.
Como é que duas pessoas por exercerem funções de destaque no Estado vão servir-se envés de servir o povo para quem governavam? Até quanto extorquiram do Estado? O que fez-lhes devolver “voluntariamente” uma fábrica de Cimento, uma fábrica de montagem de carros, uma fábrica de cerveja, a gráfica Dammer, a Biocom, o Hipermercado Kero, 24 edifícios no Zango zero, 3 creches, 2 clubes náuticos, 4 estaleiros, 271 edifícios na centralidade do Kilamba KK5800, 837 vivendas em diferentes níveis de construção, os emblemáticos edifícios CIF Luanda One e CIF Luanda Two?
Por mais que façam a entrega destes activos, pelo peso que o mesmo representa na nossa economia e os males e a miséria que estes desvios provocaram aos contribuintes do país que trabalham noite e dia para manter as finanças da nação, não terão as suas consciências tranquilas se estes dois cidadãos não pagarem criminalmente por todos estes desvios. Não é que estejamos a fazer julgamentos precipitados ou a descartar a presunção de inocência, mas já está claro que eles cometeram os crimes ao assumirem e entenderem devolver ao Estado.
Mas, não deve bastar a devolução, entendo que é preciso que os mesmos conheçam as celas da cadeia do São Paulo ou de Viana, para pagarem pelos seus crimes e servirem de exemplo aos demais governantes que o combate à corrupção é uma realidade no nosso país e que “ninguém é tão rico ou poderoso que não pode ser punido/julgado e ninguém é tão pobre que não pode ser protegido”, como defende o presidente João Lourenço, para justificar que a luta contra a corrupção é incontestável.
Como diz a nota da PGR que “a entrega destes bens não inibe o processo-crime em curso” esperamos bem que assim seja, e vamos esperar de forma espectantes o fim deste capítulo dos marimbondos graúdos.
Por: Pumba Kibozo