Um cidadão identificado pelo nome de Valdemiro de Sousa, (conforme atestam os documentos em anexo), acusa um presumível funcionário da presidência da República, Mirelson Vica, de se ter apropriado da sua moradia, localizada no quarteirão D/prédio 21/3° andar/apto n°34, Centralidade do Kilamba com alegada proteção da Comandante, Wilma Augusto sobrinha de Paulo de Almeida e Comandante da 51° Esquadra de Polícia.
“Fui alertado pelos vizinhos que a minha casa estava a ser invadida por arrombamento e auto instalação de uma nova família” disse Valdemiro de Sousa, que afirmou ter, no mesmo instante recorrido a Policia do Kilamba em busca de auxilio, mas sem sucesso, um comportamento que qualificou de estranho face a gravidade do acto e a consequente exibição por si, dos documentos que comprovam que, é o legítimo proprietário do apartamento, conforme contracto feito com o Fundo habitacional, em anexo nesta peça.
Valdemiro de Sousa que, alega residir no apartamento do tipo T3+1, desde 2014 (doc. anexo), referiu que na sequência da rejeição de uma pronta intervenção da Polícia à invasão por arrombamento do seu apartamento, decidiu abrir uma queixa registada sob o processo n°20233/020-CK entregue para acompanhamento do instrutor processual, identificado por, Portela.
Sousa disse também que, no dia 10 de julho deu entrada no gabinete do Presidente do Fundo habitacional um acto de denuncia, tendo essa instância respondido no dia 17 do mesmo mês, a confirmar que é o legítimo promitente comprador do imóvel no modelo renda resolúvel.
Valdemiro de Sousa, sublinhou que, apesar de todas as diligências feitas, a sua casa continua ocupada por uma mulher, Maria de Lourdes, suposta esposa do presumível funcionário da presidência da república que nunca dispõe de tempo para encontro entre as partes sempre que notificado pela Polícia para responder no processo: “Invadiram a minha casa e expuseram documentos extremamente confidenciais. A polícia, confirmou a autenticidade dos documentos que me foram passados pelo fundo habitacional, pelo que não compreendo porque não retiram aquela família da minha casa”, desabafa o homem que, garantiu ter pagado recentemente mais uma prestação pelo imóvel durante a nova fase da regularização com fundo habitacional.
O Decreto sabe que, determinadas entidades aproveitam-se da sua posição na hierarquia do Estado, usando as forças de defesa e segurança, para se apropriar de bens de pacatos cidadãos. Os casos mais polémicos têm a ver com expropriação e esbulho de terrenos de camponeses em toda parte do país, incluindo zonas periféricas de Luanda. O conflito entre essas figuras e populares tem resultado em mortes devido a utilização indevida da Polícia e militares do exército que agem em favor dessas pessoas influentes.