Por: Pumba Kimbozo
Instalou-se uma onda de protesto nas redes sociais e noutros meios que permitem a emissão de opiniões, sobre o possível retorno do novo Presidente à práticas antigas, como o nepotismo e tráfico de influência, pelo facto da sua filha, Cristina Lourenço, ser nomeada administradora executiva da BODIVA pela ministra das finanças. Será que todas as ações dos ministros recaem ao PR?

Na verdade, a questão não deve se limitar na nomeação para um cargo de destaque da filha do Pr. Visto que, o certo seria ser admitida por concurso público, para dar a mesma possibilidade a outros angolanos com as mesmas valências e demonstrarem as suas capacidades, como defendem alguns “Opinion Maker” é preciso lembrar, antes de tudo, que está, é a cultura do MPLA, desde sempre, que o MPLA só nomeia para as posições de destaque pessoas de sua confiança, e não é agora que seria diferente.
Mas para este caso, não precisamos nos dar ao trabalho de comparar com as nomeações de Isabel dos Santos como PCA da Sonangol e Zenú dos Santos para PCA do Fundo Soberano, pelo seu pai. Primeiro, Cristina Lourenço não foi nomeada em decreto presidencial como aconteceu nos casos anteriores, segundo, não foi o presidente quem a nomeou, poderia talvez, a ministra das finanças marcar “um passo para frente” e querer impressionar o presidente para a manutenção do seu cargo, mas o seu desempenho naquele ministério demostra que não precisa disto.
Devemos por outra, reconhecer que estas ações põem em causa a luta pelo nepotismo que o presidente tem defendido, mas, se a nomeação for apenas uma decisão da própria ministra das finanças sem o consentimento do PR?
Mas será que os filhos do Presidente em Angola não podem trabalhar? Se sim, onde e como? Se não, porquê que não?
Temos de saber que o facto de um cidadão ser filho do Presidente da República não lhe impede de desempenhar alguma função na administração pública, desde que seja formado e competente porque não há aqui alguma incompatibilidade prevista na lei, e podem, por isso, contribuir com o seu saber no desenvolvimento do país.
Por outra, devemos aprender a gerir melhor as nossas emoções e os tais “Decretos Particulares” quando se trata assuntos do Executivo de João Lourenço, porque ao que tudo indica, no meio de todas estas manifestação de protestos, há um grupo de elementos do MPLA caraterizados em marimbondos e não só, que tudo fazem para manchar e impedir a evolução e concretização da governação de JLo, estes detratores encontram-se espalhados na diáspora, no interior do nosso país e alguns deles, mesmo ao seu lado.