A viúva e os três filhos de António Agostinho Neto repudiaram, esta sexta-feira, a associação do nome do primeiro Presidente de Angola a processos em investigação contra Carlos Manuel de São Vicente.

Um comunicado, também assinado pela Fundação Dr. António Agostinho Neto (FAAN), considera abusivo, calunioso e inamistoso referenciar o nome do seu patrono a propósito do combate à corrupção em curso no país.
Agostinho Neto faleceu em Setembro de 1979, seis anos antes do casamento da sua primeira filha, em 1985, com Carlos Manuel de São Vicente, realça a nota, que considera “um absurdo associar o seu nome a processos judiciais em investigação”.
“O Presidente Agostinho Neto, o MPLA e o seu Governo, de 1975 a 1979, nunca pactuaram com a corrupção em Angola”, enfatiza o Comunicado, salientando que o mesmo “teve uma presidência decente, honesta e transparente e não atribuiu negócios, concessões, licenças ou privilégios aos seus filhos”.
O documento refere que sejam quais forem as circunstâncias do processo judicial em curso “é absolutamente condenável” que se evoque o nome do Presidente Agostinho Neto.
“Não queremos nem devemos substituir-nos à justiça. Mas temos o dever de defender o nosso bom nome, dignidade e honra. Na nossa família, na nossa Fundação ninguém é corrupto”, expressa o Comunicado.
A família e a FAAN apelam aos medias nacionais e internacionais e às autoridades angolanas e suíças a absterem-se de envolver o nome do Presidente Agostinho Neto em processos judiciais.
Salienta a nota que ninguém deve antecipar-se aos tribunais, lavrando sentenças em forma de notícias sem factos, provas, rigor, respeito do segredo de justiça e do sigilo bancário.
No Comunicado, apela-se ao respeito pelos direitos de personalidade e da vida privada e íntima.