Falta de técnicos dificulta serviços laboratórios no Centro do Hengue

O Centro de Saúde da comuna do Hengue, município do Bailundo, a 162 quilómetros do centro da cidade do Huambo, debate-se com a falta de técnicos de diagnóstico e terapeuta para garantir o funcionamento dos serviços de laboratório, informou o administrador da unidade sanitária, Amândio Kessongo.

Em declarações aos órgãos de comunicação social, fez saber que a situação arrasta-se desde o final do ano passado, depois de serem transferidos para a sede do município os dois únicos técnicos, o que tem dificultado o processo de diagnóstico pontual das doenças aos pacientes.

Em termos de equipamentos, informou que o laboratório está equipado com microscópio e possui reagentes, que poderia ser útil na realização de diversos exames médicos, com vista a melhoria da assistência médica necessária aos mais de 67 mil habitantes da comuna.

Para minimizar a situação, avançou que a sua direcção tem enviado as amostras às unidades sanitárias da sede do município, num percurso de 85 quilómetros de distância.

De acordo com o responsável, o problema pode ser ultrapassado caso a unidade sanitária seja contemplada com quatro técnicos de diagnóstico e terapeuta.

Ainda em termos de dificuldades, prosseguiu, os 14 enfermeiros que o centro possui estão aquém das necessidades da instituição, que atende em média diária 60 pacientes.

No mesmo leque, associou o facto de a unidade não possuir uma ambulância para facilitar a transferências de pacientes, com necessidade de assistência médica e medicamentosa nas unidades hospitalares do município e da província, uma vez que a que possuía estar inoperante.

Por este facto, adiantou que o recurso tem sido as ambulâncias do hospital do município, mas que a situação tem condicionado o atendimento pontual dos pacientes.

Amândio Kessongo fez saber, por outra, que o centro médico do Hengue não está alheio aos desafios de combate a covid-19 e que para o efeito tem realizado campanhas de sensibilização aos habitantes da comuna sobre a necessidade do cumprimento das medidas de biossegurança.

Inaugurado em 2013, o centro de saúde do Hengue, com uma capacidade de 20 camas, presta serviços de medicina geral, obstetrícia, cirurgia e pediatria.

Na altura da nossa reportagem, a unidade sanitária não tinha nenhum paciente internado, um indicador positivo de os níveis de doença na localidade, com prevalência para a malária, paraditoses intestinais, diarreicas e respiratórias agudas, tendem a diminuir.

Para além do centro, o sector da saúde da comuna do Hengue, com 15 ombalas e 103 aldeias, numa extensão territorial de mil e 510 quilómetros quadrados, dispõe igualmente de cinco postos médicos e o seu funcionamento é assegurado por 47 enfermeiros.

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