Os trabalhos que decorriam para a edificação da nova urbanização de Ndalatando, capital do Cuanza-Norte, tiveram de ser paralisados, por falta de pagamento ao empreiteiro, soube ontem o Jornal de Angola, no termo da I sessão ordinária do Conselho de Auscultação Social e Económica do Governo Provincial.

Na leitura do resumo da reunião, presidida pelo governador Adriano Mendes de Carvalho, o porta-voz do Governo Provincial do Cuanza-Norte, Mayama Salazar, disse que os trabalhos, que continuam paralisados, atingiram apenas 16 por cento da sua execução física.
Durante a I sessão ordinária, as autoridades governamentais apresentaram, igualmente, aos membros do Conselho um total de 46 projectos em execução, no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), orçados em mais de dois mil milhões e novecentos kwanzas.
Os projectos, que são, na sua maioria, ligados à construção e ao apetrechamento de escolas, unidades sanitárias, bens e serviços, terraplanagem, geraram empregos para 676 cidadãos, dos quais 343 do sexo feminino.
Para o presente ano, o Cuanza-Norte, que inscreveu 52 projectos, dos quais 46 aprovados, recebeu do Executivo, no âmbito do PIIM, um total geral de 8.904.723.285,00 (oito mil milhões, novecentos e quatro milhões, setecentos e vinte e três mil, duzentos e oitenta e cinco) kwanzas.
Caça furtiva
Na ocasião, o governador Adriano Mendes de Carvalho condenou os indivíduos que praticam a caça furtiva e o abate indiscriminado de árvores para o fabrico de carvão e madeira em toro, crimes ambientais que o responsável quer ver travados.
O governador referiu que, nos últimos tempos, a província tem registado diversas ocorrências ligadas a atropelos da fauna e da flora local, tendo apontado a região do Luínha, no município de Cazengo, e em Cambambe como as localidades onde mais casos se verificam em acções de caça furtiva, de exploração ilegal da madeira em toro e do fabrico de carvão.
Adriano Mendes de Carvalho chamou a atenção do novo director provincial do Serviço de Investigação Criminal (SIC), subcomissário José Vunge, apresentado na sede do governo local, no sentido de prestar um combate cerrado ao negócio ilegal da venda do carvão vegetal, da carne de caça e da madeira.