A falta de materiais como válvulas está a condicionar a realização, de forma regular, de operações de casos de hidrocefalia, essencialmente em crianças, no Hospital Central do Huambo, soube hoje, segunda-feira, a Angop.
Esta informação foi prestada pelo chefe do departamento de cirurgia do Hospital Central do Huambo, Domingos Eduardo Catoquessa, tendo apontado as dificuldades de aquisição deste material hospitalar, face ao contexto actual do país e do mundo, como o empecilho que está a obstaculizar o processo.
Deu a conhecer que, neste momento, encontram-se na lista de esperara 32 crianças recém-nascidas, que carecem de cirurgia de hidrocefalia, que consiste na aplicação de válvulas para desviar o líquido acumulado no cérebro para o abdómen.
Assim, o responsável espera que a direcção do hospital, através dos seus fornecedores, consiga obter mais válvulas para que estes pacientes possam beneficiar da intervenção cirúrgicas, com vista a obterem melhoria nas suas condições de saúde.
Deste modo, Domingos Eduardo Catoquessa fez saber que, em 2019, o Hospital Central do Huambo realizou 36 cirurgias de hidrocefalia.
O medico explicou que a hidrocefalia é o acumulo excessivo de liquido cefalorraquidiano, dentro do crânio, que leva ao inchaço cerebral, que acontece mais em crianças recém-nascidas.
Neste caso, a doença pode ser prevenida, através de uma gestação planificada, consultas pré-natais e o cumprimento do calendário nacional de vacinação, requisitos que toda a mulher em idade fértil deve cumprir, de modo a garantir o bem-estar dos filhos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha toda a mulher em idade fértil a consumir o ácido fólico, que, por sua vez, intervém na redução da má formação do sistema nervoso central.