Por: Kizúa Massoxe
Nos últimos dias em Angola não se fala de outra coisa, senão manifestações e vigílias contra o desemprego, realização das autarquias e, agora, da libertação de jornalistas e activistas, mas nos estamos a esquecer que é preciso apelarmos mais pelo diálogo, cidadania coesa e patriotismo sobretudo.

Diante dos órgãos de comunicação social e redes sociais não se fala de outro, senão deste cenário que vai degradando os nossos corações e intelectos, por conta dessa grande revolta que se instalou em nós, quiçá, por influências e interesses redondamente políticos, que não se importam, algumas vezes, com os resultados dolorosos que esses jogos podem repercutir-se diante das famílias.
E assim a juventude próspera de Angola vai se mostrando, enfurecida e com o espírito crítico sobre a pele. Sim, disse próspera porque todos os países do mundo conheceram momentos de grandes dificuldades económicas, que, com certeza, também teve um efeito penoso para a sociedade, mas hoje são as grandes nações que conhecemos. E, eu também vejo isso para Angola, pois, já começamos a ver hábitos maus, que levaram o país nesta crise económica, já começaram a ser curados, até mesmo hoje já se fasem manifestações destas naturezas! Sabemos que o governo passado não tolera essas coisas.
Também disse com o espírito crítico sobre a pele, porque parece que uma grande franja da moldura juvenil de Angola não tem analisado ao pormenor as questões que estão na base de tal realidade e, como fazem as massas, simplesmente levam-se em ideias mediáticas banais, sem quaisquer nexos.
Portanto, compreende se que Angola está a organizar -se politicamente, pois tudo começa daqui. A reestruturação econômico vem a posterior, e é fácil apurar as suas evidências. Só nos devemos ouvir mais uns aos outros, para que não tornemos o nosso país num campo de batalha onde os irmãos digladiam-se entre si e o caos se instala nas famílias, já não queremos sofrimento.
É hora de reconciliar as ideias e os nossos corações. Precisamos apenas de exercer correctamente a nossa cidadania, agarrada sempre do espírito patriótico, porém, isso só será possível se o Governo de Angola facilitar.