Consórcio ENI e Sonangol constrói fábrica de gás natural no Soyo

O consórcio ENI-Angola-SPA e Sonangol E.P apresentou ontem na província do Zaire um estudo de impacto ambiental para a construção de uma nova fábrica de gás natural no município do Soyo, província do Zaire.

O projeto denominado “Quilima e Maboqueiro”, vai ser implantado na localidade de Kivinga Vemba, na periferia da cidade do Soyo, num perímetro de 100 hectares, que já foi desminado, com o arranque dos trabalhos de terraplanagem previsto para o mês de janeiro de 2021. 

De acordo com Nelson Ramos, gestor do projeto, que falava à imprensa após a apresentação aos membros da administração local e autoridades tradicionais, a edificação física do projeto começa no segundo trimestre de 2021, com previsão de conclusão em 2024. 

A fábrica terá uma capacidade para processar 400 milhões pés cúbicos/dia de gás e, cerca de três mil postos de trabalho diretos serão criados.

O projeto contempla também a exploração de dois campos de gás não associados (Quilima e Maboqueiro), localizados na área do offshore angolano em águas rasas, 50 quilómetros da costa norte de Angola ao sul do rio Congo.

O projeto inclui ainda a instalação da plataforma Quilima, bem como a perfuração de nove poços de gás natural no local.

Sem revelar o custo global da empreitada, o responsável informou que será criada uma outra plataforma satélite que ligará  o campo de Quilima e Maboqueiro por uma linha submarina de sete quilómetros, assim como a perfuração de quatro poços no itinerário.

O projeto, de acordo com Nelson Ramos, terá igualmente uma  estação de tratamento de gás em onshore, consistindo numa unidade de separação, estabilização, desidratação e compressão para gás associado e a estabilização para condensados.

Informou que a fábrica de processamento do gás natural liquefeito “Angola LNG”, em funcionamento no Soyo desde 2012, será o principal destinatário do gás a ser produzido na nova unidade fabril.

Referiu que trabalhos de desminagem da área, assim como estudos geotécnicos, físicos e de impacto ambiental sobre o local foram já concluídos, pelo que se aguarda apenas pelo início da primeira fase do projeto, em Janeiro de 2021.

“Em Janeiro vamos começar apenas com os trabalhos de terraplanagem do espaço para a instalação de serviços básicos”, esclareceu.

Na sua intervenção, o administrador municipal adjunto para o sector Político, Social e das Comunidades do Soyo, José Londa, considerou a implantação do projeto uma mais-valia, atendendo que contribuirá na melhoria das condições de vida da população e no desenvolvimento socioeconómico da região.

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