Os utilizadores da rede de telefonia móvel da operadora Movicel, na cidade de Mbanza Kongo e nos bairros periféricos, estão agastados com o mau serviço que a empresa tem prestado, nos últimos quinze dias, apurou ontem a imprensa na região.
Neste momento, os usuários não conseguem aderir ao serviço de voz, muito menos aos dados (Internet), o que os impede de ter activos o WhatsApp, Facebook e outras redes sociais.
Apesar de não terem benefícios dos referidos serviços, os clientes pagam as mesmas tarifas. “Nós gastamos, mas não temos conseguido fazer chamadas nem ter acesso à Internet. Por isso, queremos que melhorem o sinal da rede, uma vez que nunca nos reembolsam o dinheiro que aplicamos”, disse Pedro Kuansambu, residente no conhecido bairro 11 de Novembro.
Utente dos serviços da Movicel, há mais de três anos, Pedro lamentou o facto de só nalguns pequenos lugares da cidade de Mbanza Kongo se conseguir ter o sinal telefónico, num raio de aproximadamente dois quilómetros. “No meu bairro, o sinal não chega, ainda que subamos em árvores ou estejamos em zonas altas”.
Em função do mau serviço que presta, Pedro Kuansambu prevê que a operadora possa correr o risco de perder um número considerável de clientes. Para evitar isso, aconselhou, a empresa deve melhorar e expandir os serviços nos seis municípios da província do Zaire.
“Eu, particularmente, por essas constantes falhas dosinal, vou desistir da operadora, porque não posso continuar a pagar por um serviço que não usufruo”, disse Pedro Kuansambu.
Outro munícipe que abandonou o serviço da Movicel é Garcia Neves. Para ele, o sinal de Internet dificulta a elaboração de trabalhos científicos, o que tanto precisa, por ser estudante. “O sinal para as redes sociais é quase inexistente e, isso, faz com que muitos usem mais a outra operadora, apesar das tarifas serem mais altas”, disse.
Garcia Neves pede ainda algum esclarecimento sobre como a operadora de telefonia pensa agir no caso de clientes que activaram os planos mensais “Karga Nice”, “Leve”, “Tudo” e “Sem Limites”, que não usufruem, há mais de duas semanas.
A operadora Movicel, no Zaire, trabalha em quatro municípios dos seis da província, desiganadamente no Soyo, Nzeto, Tomboco e em Mbanza Kongo.
O Jornal de Angola tentou contactar os técnicos da Movicel, para obter esclarecimento sobre o problema que vive a região, sobretudo na zona periférica da cidade, onde o sinal não funciona, mas os esforços foram gorados, uma vez a operadora local alegar não dispor de autorização para fazer qualquer pronunciamento sobre o caso.