Depois de Abel Chivukuvuku ver o sonho de seu partido abortado como “nado morto” depois de ver a legalização do seu PRA JÁ-Servir Angola bloqueada, que o “acorrentou” deixando-o impossibilitado de legalizar algum partido político nos próximos 4 anos, mas isto não lhe secou o sangue político no corpo, por isso, arrisca-se a recuar e juntar-se a uma coligação que pode ser integrada pela UNITA e os demais partidos na oposição, Abel descarta desde já a pretensão de liderar o complô.
Este desejo tem sido manifestado nas várias intervenções públicas que este político tem feito nos últimos dias enquanto a UNITA confirmou que está a única via possível para derrubar o MPLA do poder, que este ano completa 45 anos a governar o país.
O presidente do Galo Negro, Adalberto Costa, que alinha ao pensamento de Chivukuvuku adverte, no entanto, para armadilhas do regime, que sempre “tratou de comprar consciências, pagando bem a algumas lideranças partidárias e a alguns protagonistas da sociedade civil”. Por isso, entende que está é a alternativa possível para enfrentar o MPLA nas eleições gerais de 2022.
Adalberto, sublinha ainda que “nas linhas de força da minha candidatura à liderança da UNITA e depois na Moção de Estratégia apresentada ao Congresso propus-me exactamente a liderar a construção de uma frente democrática para a alternância do poder”. Estas ideias foram diariamente transmitidas e retomadas permanentemente nas nossas comunicações políticas. Foi interessante ouvir de outras lideranças o mesmo propósito”.
Ademais, reconhece que Samakuva tomou a difícil decisão de aceitar os resultados das eleições de 2017 para evitar um “banho de sangue” porque acredita que o MPLA venceu com fraude, por isso, defende que a criação dessa putativa coligação seria benquista.
“O desafio coloca-se na construção dessa ampla frente democrática, que não se esgota na aliança dos partidos. Ela deve ter em conta o envolvimento da sociedade civil”.
O líder da UNITA, que falava em entrevista ao Correio Angolense, mostra-se “convencido que os cenários estão mais favoráveis à construção desta frente, que também é o sonho da maioria dos cidadãos que estão cansados dos 45 anos de governação do mesmo partido”.
Nessa entrevista, Adalberto da Costa Júnior deixou claro que, para a UNITA, os resultados das eleições de 2017 estão longe de ser página virada. A organização do Galo Negro tem como fraudulenta a vitória do MPLA no último pleito eleitoral e acredita que o cenário venha a se repetir em 2022 se a sociedade civil não se juntar aos partidos porque entende que não se espera transparência no tribunal constitucional e muito menos na CNE que liderada por um militante do MPLA.
Por: Pumba Kibozo