O interesse dos marimbondos no caso Edeltrudes Costa pode colocar à prova a soberania de Angola . As últimas notícias veiculadas pelos meios de comunicação portugueses criaram tumulto em todas lides da sociedade civil angolana, motivando uma revolta social em que é exigida a cabeça de Edeltrudes Costa, por entenderem que João Lourenço deve exonera-lo.
Caso Edeltrudes Costa pode colocar à prova a soberania de Angola
Esta onda de agir por emoções tem retirado a razão de reflectir as coisas como elas são, porque devemos antes saber que Portugal não tem moral para determinar as decisões tomadas em Angola, porque Angola já não é sua colonia, quando é sensato que as autoridades angolanas investiguem o caso e depois tomem as medidas que se impõem.
Devemos alertar a nossa sociedade a reflectir os factos por si e não se deixar manipular pela imprensa ocidental que durante muitos anos tem criado jogadas que contribuem na contínua desunião do país. Uma das noticias para criar revolta em Angola foi, lembremos, o caso dos “Meninos de Kassanje”, acusando aos angolanos de tratar mal a crianças desnutridas quando, na verdade, foi uma fake news de muito mau gosto.
É evidente que existe uma guerra declarada entre os aliados do ex-presidente José Eduardo dos Santos, vulgo marimbondos e os demais governantes que inundaram o país na cultura da corrupção e impunidade, e hoje com a aposta na luta por estes males têm financiado a imprensa estrangeira com objectivo de destabilizar o país com informações que podem comprometer a idoneidade de João Lourenço.
Olhando para isso, é preciso que todos tenhamos um sentido de Estado, colocando a pátria em primeiro lugar e acima de tudo, aprendamos a gerir as nossas emoções para não continuarmos a “dançar a música portuguesa” tornando-nos suas marionetas, reagindo sempre contra o nosso país a cada notícia divulgada por eles, porque deste modo, estaremos a perder o nosso país e eles provavelmente ganharão alguma coisa com isso, como sempre ganharam com os investimentos e os dinheiros que aí foram levados pelos marimbondos e que eles nunca denunciaram, porque tinham aí seus benefícios.
O presidente não deve exonerar ninguém do seu Executivo porque Portugal ou qualquer outro país quer, deve fazê-lo quando for necessário, e quem no exercício das suas funções cometer excessos ou violar a lei deve sim ser responsabilizado, independentemente de quem seja porque deve-se mesmo acabar com a corrupção e a impunidade que ainda faz moradia nos grandes palácios do nosso governo.