O Governo Provincial de Luanda (GPL) proibiu, em 2009, a comercialização de medicamentos em locais impróprios, mas infractores insistem nesta prática, colocando em risco a saúde de várias pessoas.

O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos de Angola (OFA), Santos Morais Nicolau, está preocupado com a venda desordenada de medicamentos nas ruas e nos mercados da capital do País, acção que considera ameaça à saúde pública”. Habitualmente, os fármacos mais comercializados vão desde anti-inflamatórios (Ibuprofeno), passando por analgésicos (Paracetamol), anti-hipertensivos (Captopril) e antibióticos (Amoxicilina).
Em declarações ao Novo Jornal, o bastonário da OFA sublinhou que os fármacos devem ser vendidos em locais próprios, onde são observadas as normas para a sua conservação, de modo a não colocar em risco a saúde das pessoas.
“Se comida não foi feita para ser vendida ao relento, imagina medicamentos, que são substâncias de muito risco! Estes devem estar num lugar apropriado, limpo, seco e com uma temperatura ideal, caso contrário estragam e deixam de ser adequados e, em contrapartida, podem causar sérios danos às pessoas”, alertou o responsável.
O bastonário reconhece ser difícil controlar o comércio ilegal de medicamentos, pois considera um problema de educação e que deve ser combatido.
“Se intensificarmos cada vez mais a sensibilização junto das populações, aconselhando-as que devam adquirir os remédios somente nos estabelecimentos apropriados [farmácias] e não na rua ou nos mercados, como se tem observado, elas vão deixar de comprar. Não havendo clientes, os fornecedores e vendedores desses serviços também vão desanimar”, sugeriu.
Em contrapartida, o responsável reconheceu que o trabalho de sensibilização deve merecer colaboração dos ministérios da Saúde (MINSA) e do Interior (MININT).
Há dois meses no “cadeirão” máximo da OFA, Santos Morais Nicolau fez saber que, ao longo do seu mandato, vai prestar maior atenção à formação de técnicos farmacêuticos.