A balança comercial de Angola registou, no primeiro trimestre do ano, um saldo positivo de 2,091 mil milhões de kwanzas, como resultado do comportamento do preço do petróleo, o principal produto de exportação.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, nos primeiros três meses deste ano, o país registou, em relação a período homólogo de 2019, um aumento do valor total das exportações em 19 por cento. No mesmo período, as importações registaram uma diminuição de 18,1 por cento.
As exportações situaram-se em 3,294 mil milhões de kwanzas e as importações fixaram-se no valor 1,202 mil milhões, que representam uma taxa de cobertura de 273,9 por cento.
Durante o período em análise, os principais continentes das exportações angolanas foram a Ásia, com 84,3 por cento, Europa (9,3%), América do Norte (2,8%), África (1,6%) e América Central e Sul, com 1,4 por cento face ao valor total.
Angola comprou bens da Europa que representam 39,1 por cento do total, da Ásia 38 por cento, da América do Norte 8,1%, de África 7,8% e da América Central e do Sul sete por cento do valor total.
Parceiros
Os principais parceiros das exportações foram a China, com 59 por cento, Índia (9,7%), Tailândia (5,4%), Emirados Árabes Unidos (3,7%) e Singapura e França com 3,0 por cento cada.
As exportações de Angola foram direccionadas aos países tradicionais, sendo a China o principal, com 14,7 por cento, Portugal (13,9%), Estados Unidos (6,2%), África do Sul (6,1%) e Coreia do Sul (5,4 por cento).
Os principais parceiros africanos de exportações foram a África do Sul (27,8 por cento), República Democrática do Congo (24,2%), Togo (23,9%), Marrocos (14,2%) e Congo Brazzaville (3,3 por c ento).
Para as importações angolanas, os principais parceiros africanos foram a África do Sul, com 77,8 por cento, Namíbia (3,2%), Egipto (2,5%), Marrocos (1,8%) e Chade e Gabão, ambos com 1,7 por cento, cada.
Produtos de troca
No período em análise, os principais grupos de produtos de exportação foram os combustíveis (94,2 por cento), outros produtos, incluindo diamantes (4,6%), máquinas, equipamentos e aparelhos (0,3%) e produtos alimentares, veículos e outros materiais de transportes e produtos agrícolas (0,2%).
Quanto à importação, os principais grupos de produtos foram máquinas, equipamentos e aparelhos, com 23 por cento, produtos agrícolas (16,3%), combustíveis (10,8%), produtos químicos (8,8%) e veículos e outros materiais de transportes (7,6%).
Em exportações, segundo a classificação por grandes categorias económicas de bens, as principais categorias são representadas pelos combustíveis, com 93,9 por cento, bens de consumo (5%), bens intermédios (0,6%) e bens de capital (0,5%).
Em importações foram os bens de consumo, com 37,1 por cento, bens intermédios (32,9%), bens de capital (19,2%) e combustíveis (10,8 por cen to).
Fonte
O INE informa que os resultados apurados foram obtidos a partir de dados provenientes das sete regiões tributárias do país e dos ministérios dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e da Agricultura e Pescas.
Os dados dos dois ministérios, segundo o INE, completam as informações obtidas das regiões tributárias e representam, no seu conjunto, a totalidade das exportações e importações de mercadorias efectuadas por Angola durante esse período.
Das sete regiões existentes, a Terceira, que compreende as províncias de Luanda e Bengo e com sede em Luanda, constitui a principal porta de entrada e saída de mercadorias.
Seguindo-se a Primeira Re-
gião, que compreende as províncias de Cabinda e Zaire, com sede em Cabinda (Delegação Aduaneira do Kwanda, Malongo, Yema, Piquete do Massabi, Soyo, Posto Aduaneiro do Luvu, Piquete do Aeroporto de Cabinda, Alfândega de Cabinda, Posto Aduaneiro do Noqui).