Angola fora dos 50 mil milhões USD do Banco Mundial

A visita do director regional do Banco Mundial serviu para constatar a carteira de necessidades para a criação do pacote de financiamento que Angola receberá.

O director do Banco Mundial para a Angola, República Democrática do Congo e Burundi, Jean-Christophe Carret, anunciou em Luanda, que Angola não vai beneficiar dos 50 mil milhões USD disponibilizados pela instituição que representa, soube o Vanguarda.

O banqueiro, que falava à margem do encerramento da visita ao País, disse que o montante disponibilizado será alocado no âmbito dos países da International Development Association (IDA), ou seja, os países mais pobres, “neste momento Angola já não figura na lista dos países da IDA, sendo que Angola é um País de rendimento médio alto, e por isso já não faz parte”.

Jean-Christophe Carret, esclareceu que os 50 mil milhões USD serão realocados para substituir os fundos na IDA, revisando o que propomos ao País a fazer, atendendo a evolução da pandemia.

Na ocasião, a ministra das Finanças, Vera Daves, referiu que o director regional do Banco Mundial para África, veio ao País para conhecer a carteira de projectos que o Banco Mundial tem com Angola. Jean-Christophe Carret veio inteirar-se dos constrangimentos que os beneficiários dos projectos entendem ser superados e quais as espectativas da parceria entre o Governo de Angola e Banco Mundial.

O director regional, Jean-Christophe Carret, destacou o reforço do sector social como da saúde, da protecção social, para aquele dirigente, o segundo aspecto tem a ver com apoio com vista a acelerar as reformas que vêm sendo implementadas,

do ponto de vista económico.

“Sabemos que Angola, não deve depender de uma economia petrolífera. O país tem uma visão clara daquilo que quer fazer quando um país tem uma visão clara sobre o quer fazer para o Banco Mundial é mais fácil para podermos prestar a nossa assistência”, acrescentou.

De acordo com Jean-Christophe Carret, todos os parâmetros têm de ser os próprios desafios por exemplo hoje vivemos a questão da COVID-19 e é um desafio que todo mundo enfrenta, mas o que nos trouxe é a questão da redefinição da estratégia num mundo cada vez mais em mudanças.

Questionado sobre as subvenções dos combustíveis, aquele responsável, reconheceu que o Governo está a pensar em remover as subvenções, entretanto reafirma, a posição do Banco Mundial de ajudar o Governo para fazer as reformas e ao mesmo tempo proteger os interesses dos mais pobres, e possíveis impactos destas reformas.

Relativamente aos projectos financiados pelo Banco Mundial, e a carteira de investimento, Jean-Christophe Carret, referiu que o Executivo quer diversificar a sua economia, e quer fazer duas coisas, a primeira e que discutimos foram as reformas que tem em marcha, como melhorar o clima de negócio em Angola, e a segunda que também foi pensada estrategicamente é que sectores o Governo deve melhorar e expandir.

Ao exemplificar adiantou que algumas vezes não temos que necessariamente pensar sobre isso, mas se o País quer crescer e diversificar a sua economia, não precisa apenas de estradas, barragens, electricidade, precisa investir em pessoas, aquilo que chamamos de capital humano.

“Se quisermos atrair investimento estrangeiro em qualquer sector, como agricultura, Telecom e digital, a economia precisa de capital humano, precisa de pessoas a trabalharem nestes sectores, estas foram áreas que discutimos muito “salientou.

Para o governo, o director regional do Banco Mundial como adicional à melhoria do clima de negócios, recomenda que o governo deve melhorar drasticamente o investimento no sector social.

Fonte: Vanguarda

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