“A IMPORTÂNCIA DA OPOSIÇÃO NA ARENA POLITICO-SOCIAL ANGOLANA – UMA ANÁLISE SEM FILTROS NEM FLORES”

Fonte: Notavel365News

Tecer quaisquer considerações relativamente a importância da oposição, no campo político ou social, onde quer que seja, precisa-se primeiramente compreender, ou fazer compreender, o motivo pelo qual gladiam-se os actores políticos.​

Segundo o catedrático português, Diogo Freitas do Amaral, no livro História das Ideias Políticas, “a política é a luta que tem como fim único a consolidação do poder”. Por seu turno, em tom saudosista, de acordo com Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola, “é dever do Estado dar resposta as necessidades do povo”, percebe-se nesta frase que ao usar a palavra “Estado”, o autor referia-se ao governo, ou seja, ao partido que tem o poder.​

Sem querer deixar cair sobre as vossas cabeças uma chuva a cântaros de citações, em países democráticos e onde se pode visualizar realmente o pluralismo político, aos partidos competem pesadas responsabilidades, quer tenha o poder ou esteja na sequência de uma luta para o ter.​

Sendo Angola um país que ainda não goza de tamanha idoneidade política, em função da idade cronológica referente a independência e, também, por conta do histórico lúgubre que envolveu os movimentos que levaram a conquista da soberania do Estado angolano.​

Após se ter colocado uma pedra sobre os males que deixavam à solta o rugir, e a devoração, da manutenção efectiva da democracia em Angola, hoje observamos um panorama bem mais aprazível para o exercício da política pelos seus actores. Entretanto, torna-se sublime as forças opositoras saberem aplicar estratégias que lhes garanta um prestígio salutar, uma vez que uma acção destes tem um impacto social enorme.

​Os partidos que miram para o poder, ainda que não o tenham, são de tamanha importância, pois a eles encaixa a responsabilidade de desenvolver debates que objectivam o bem comum, averiguar o exercício do poder, contribuir para a aplicabilidade de políticas que esbarram-se com as necessidades do povo e denunciar, caso ocorra, o partido que governa pelos erros que infringem as leis do Estado.​

Porquanto, sempre será um acto de patriotismo apelar pelo bom posicionamento dos actores políticos do “contra” para que se construa um país que confira orgulho, dentro e fora do espaço nacional. Sem ser parcial, fazendo jus ao título do presente, o partido que governa deve dignar-se a conceder um ambiente político favorável e tolerante, para que a oposição possa dispor o seu contributo visando a melhoria dos problemas que se instalam no país.

​Um país com uma oposição “gravemente” bem organizada, participativa e não apenas absorta nos benefícios que a política confere, configura-se num país pleno que levanta uma opinião internacional digna de reverência. Ao contrário, ou seja, um país com uma oposição medíocre, sem maturidade política, pode se tornar num mal maior para a sociedade, ao alavancar estratégias que criam tumultos, ira entre irmãos da mesma nação, desordem social e, como resultado, um desprestígio diante da comunidade internacional.

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